Prática foi descoberta na terça-feira, por guardas municipais de Volta Redonda, após o idoso ir a uma unidade do Cras reclamar que teve o Benefício de Prestação Continuada (BPC) suspenso há sete meses. Homem é detido suspeito de se passar por outra pessoa por 58 anos
Reprodução/Redes Sociais
Um idoso, de 74 anos, se passou por uma outra pessoa por 58 anos. De acordo com a prefeitura de Volta Redonda (RJ), ele se apropriou da identidade do filho de um ex-patrão, que morreu em 2013, em Barra Mansa (RJ).
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Segundo a Polícia Civil, o idoso conseguiu tirar identidade e carteira de trabalho no nome da vítima e, até mesmo, se aposentar.
A prática foi descoberta por guardas municipais da Patrulha de Proteção ao Idoso de Volta Redonda na terça-feira (28), quando o suspeito foi ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do distrito de Santa Rita de Cássia, em Barra Mansa, se queixar que teve o Benefício de Prestação Continuada (BPC) suspenso há sete meses.
Durante a apresentação da documentação pessoal no Cras, o idoso entregou a própria certidão de óbito. Surpresos, os funcionários da unidade acionaram a Guarda Municipal.
No local, uma irmã do idoso relatou aos agentes que ele se passava pelo filho do um ex-patrão desde 1966, quando trabalhava em uma fazenda, já que os dois possuíam o primeiro nome igual.
Todos foram levados para a delegacia de Volta Redonda, onde foi descoberto que o idoso se apresentava como um homem nascido em 1948 e falecido em 2013. Com essa identidade, ele registrou 12 filhos e foi preso, em 2018, por tentativa de homicídio.
O caso foi registrado na delegacia como fato atípico e está sendo investigado pela Polícia Civil de Volta Redonda. O idoso foi liberado. Testemunhas e familiares serão ouvidos para esclarecer o motivo que levou o idoso a se passar por outra pessoa.
O g1 perguntou ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, responsável pelo BPC, por que o benefício estava disponível mesmo após a morte do filho do ex-patrão.
Em nota, a pasta disse que, por conta da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), “não é possível fornecer informações específicas sobre a situação de um beneficiário”, pois envolve dados pessoais.
Caso semelhante perto do DF
Homem é preso suspeito de usar nome clonado há 15 anos
No ano passado, um homem de 51 anos foi preso por um crime semelhante. Foragido por assassinato, ele se passou durante 15 anos por outra pessoa e registrou até a filha no nome da vítima do golpe.
De acordo com a investigação, o suspeito se apropriou da identidade de um morador do interior de Minas Gerais. O homem foi preso em Formosa, no Entorno do Distrito Federal.
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